[Parte 2] MODA E NAÇÃO
Os uniformes olímpicos revelam mais sobre a moda do que você imagina
Estamos já no meio das Olimpíadas, e eu tenho um interesse especial pela forma como cada nação se representa e comemora suas medalhas. Também fico fascinada com o que alcançam pessoas treinadas por anos (vidas) para um momento olímpico. As Olimpíadas são uma ode à disciplina. Em um tempo que busca recompensas imediatas, ser atleta é mostrar comprometimento. Nos últimos anos, a moda investiu fortemente no esporte. Segundo uma matéria publicada pelo El País em maio, esportistas têm sido considerados mais confiáveis do que celebridades, afinal de contas, eles representam bandeiras.
Essa edição olímpica é especial para a moda e a ocasião perfeita para pensarmos suas origens. Paris não abriga por acaso as marcas de luxo mais importantes do mundo. Antes de ser a capital da moda, ela foi a capital do mundo moderno. Da Torre Eiffel ao Gran Palais toda a cidade celebra marcos históricos desse tempo chamado Modernidade. Os próprios jogos olímpicos atuais são frutos dessa era, que no século XIX, começa a celebrar indústrias e pátrias.
No calor das disputas e do quadro de medalhas, na impressionante performance desses super-humanos que carregam os valores de seus países, a intenção deste texto é fazer a gente se perguntar: De onde vem tudo isso? E encontrar uma relação surpreendentemente direta entre moda e o orgulho nacional.
Eu havia finalizado esse texto sem falar sobre os jogos, mas a polêmica do uniforme brasileiro serviu de gancho perfeito para uma atualização. Junto a isso, a entrevista do Alexandre Herchcovitch no Roda Viva e as críticas nas redes sobre sua percepção de moda nacional também ajudam a tornar o que trago aqui mais coisa do presente. Afinal, o que é moda e o que é uma nação?
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